Distonia

Distonia é um distúrbio do movimento, uma doença que faz com que grupos musculares apresentem contrações involuntárias, estas contrações forçam certas partes do corpo a executarem movimentos repetitivos e ou posturas dolorosas.Estes movimentos ou posturas anormais prejudicam a vida do paciente, impedindo o trabalho e atividades corriqueiras de uma pessoa normal causando até isolamento social.

A distonia pode ser classificada como ‘primária’ quando a causa é hereditária, e em ‘secundária’ em que a causa pode ser um acidente vascular encefálico (AVE), trauma no cérebro ou infecção.  Existe outra classificação em que se leva em conta a parte afetada do corpo: a distonia focal afeta uma região do corpo, por exemplo, pescoço (região cervical); a segmentar afeta duas ou mais regiões próximas do corpo, por exemplo, mão e braço e a generalizada geralmente a mais grave, afeta todo o corpo.

Existem tratamentos que podem melhorar muito a qualidade de vida do paciente com distonia. Medicações como os relaxantes musculares de ação central, antipsicóticos e anticonvulsivantes diminuem os movimentos anormais, a aplicação de toxina botulínica no grupo muscular afetado em casos selecionados tambêm pode ser útil. Algumas vezes estes tratamentos não tem um resultado satisfatório ou tem efeitos colaterais não aceitáveis, nestes casos um neurocirurgião funcional pode realizar o implante de eletrodo cerebral, este modifica os circuitos cerebrais responsáveis pela doença, sendo o tratamento mais moderno no momento.

A estimulação cerebral profunda é indicada quando o tratamento medicamentoso, por algum motivo, não produziu resultados satisfatórios. Através de pequenos orifícios no crânio se implantam eletrodos, estes eletrodos são ligados a um marcapasso que se implanta embaixo da pele abaixo da clavícula. O procedimento pode ser feito com anestesia geral ou local, trata-se de um procedimento de alta resolutividade e de baixo risco para o paciente.